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sexta-feira, 21 de setembro de 2012


nas paredes pintadas procurava uma janela
nas portas fechadas procurava explicação
nos dias procurava as horas
e nos minutos, instantes
arriscava da sorte
um monte

os olhos grandes
e as pupilas redondas
frente ao espelho
a se questionar

não tem resposta
que satisfaça

só no silêncio
se pode olhar
além da mente
além da vida
que se costumava
se acostumar

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

pulsos (cifra)


D
Uma força
Dmaj7/A
Um impulso
G
Um pulso

D                            Dmaj7/C#
O que acontece parece real
        Bm      G
E o resto, sonho

        A
Um sopro
                           D/G
Um monte de expectativas
                  Dm/F
Um desespero sem razão
         A      
Um monte de papo
             D/G
Sobre a vida e a morte
                  Fmaj7
E sobre a morte em vida
                     G
Sobre o que ser ou não ser
         F
O poder de poder
             E

o que sou (cifra)


Am                                       C
como a minha mente me engana
G                    D/F#    
me alerta
Am                    C
soa o alarme e tudo diferente
G                    D
mas igual outrora
Am            C
nada falta, nada sobra
G                         D
sempre na hora certa
Am                            C
um desvio, um solavanco
G                                  D
mil dimensões em mim
G               
e o que sou?
F#/A#        B
Sou não dialético
C           D
Sou dialético
            Em
Reto e torto
            A
Vivo e morto
              C
Tonto e besta,
       D                        G
Andando por aqui

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

suspeitas

desde cedo 
percebeu que a vida
não era uma comédia divina
e a verdade quase sempre
 parecia mentira

as virtudes e os atos
jogados ao vento

versos que se fazem
para lembrar de viver
ou para  esquecer da vida

justiça

em meio a bagunça e a correria
penso que tenho que ser sincero
comigo mesmo
e não com os outros

não adianta querer lutar 
e esconder de mim mesmo a verdade
não adianta me fingir de santo
nem sofrer por não ser isso ou aquilo

não adianta ficar remoendo
e esperando o pior
achando que está errado 
e precisando de punição

o mundo é justo
e justamente o que preciso
embora não soubesse disso
e nem precisasse saber

 

animal

o delírio convida para um passeio
pela noite escura
o medo de seder as tentações
de manter a guarda baixa

perdendo a noção
brutalizando tudo
sem querer esconder 
o lado animal

sufocado e ferido
se arrastando pela vida
à espera de um milagre

restando apenas pouco
um pouco daquilo que era
e que em pouco tempo
não será mais

no meio do tiroteio

tranquilo e calmo
sigo andando
relaxo os ombros e os braços
respiro fundo e me encontro
andando no meio do tiroteio

domingo, 29 de julho de 2012

fugas


Estava com medo
E tentando fugir
Mas não havia pra onde
Por mais que lutasse
Só perdia

A cada momento uma sensação
Um convite ao desespero
O incompreensível medo da morte

Uma válvula que se rompe
Frente a força do destino
Impressões equivocadas
Suposições autodestrutivas

Como tudo isso pode vir de mim
Que sou egoísta
E não me prejudicaria?

Como depois de tudo
a âncora se assenta e
Tudo fica estagnado por um tempo

verdades e mentiras


não poderia saber se estava certo ou errado
apenas pelo seu ponto de vista
não sabia dizer se estava triste ou alegre
olhando para as suas lágrimas
olhando para os seus dentes

confundia medo com desespero
felicidade com dinheiro
férias a ócio

não confiava em ninguém
não tinha sócios
até onde sabia
os outros estavam
errados sempre