E se tudo estivesse invertido,
As cores, as sombras, os zumbidos?
E se tudo fosse um equívoco,
Se tudo fosse diferente?
E se fosse, e se fosse, e se fosse...
E se fosse verdade e se tivesse cabimento,
E se tudo fizesse sentido?
E se tudo fosse certo,
E se tudo fosse perto,
E se tudo fosse vivo?
Se hoje fosse feriado?
E se eu fosse eu perdido,
Um esperançoso, um consolado?
E se fosse dolorido e se fosse adotado?
E se fosse percebido
O que deveria ser velado?
Não tem fim, não tem fato,
Não tem porquê,
é abstrato.
Se fosse, até poderia,
mas se fosse, já seria?
É o que é? É o que sobra?
É o que fica quando se tira
O que se acha
O que foi, ou que seria
É o que passa,
Mas não fica.
É o de graça, é a desgraça
É o nosso, quem diria
Não se taxa, nem se tira
Da vida se tirarmos os problemas,
Só nos resta a alegria
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